Índios do Brasil
Admirando um pouco mais os filhos da mãe natureza.
Atualmente
Os índios do Brasil não formam um só povo. São muitos povos diferentes de nós e entre si. Possuem hábitos, costumes e línguas próprias e, por isso, é errado pensar que todos os índios vivem da mesma maneira.
Quando os portugueses chegaram ao Brasil, aqui viviam cerca de 5 milhões de índios. As doenças trazidas pelos europeus e as constantes lutas entre índios e brancos fizeram com que muitos grupos desaparecessem.
Atualmente existem no Brasil aproximadamente 240 mil índios, distribuídos em cerca de 180 grupos diferentes.
Encontram-se em todo o território brasileiro, com exceção apenas do Distrito Federal e dos Estados do Piauí e Rio Grande do Norte.
Existem grupos indígenas que, por estarem em contato permanente com a nossa sociedade, adotaram muitos hábitos e costumes da nossa cultura, falam o português, usam produtos industrializados mas nem por isso deixam de ser índios. Existem ainda grupos que mantêm contatos apenas ocasionais com os brancos e, finalmente, grupos que não têm qualquer contato com a sociedade, desconhecendo nossos costumes e língua.
Como exemplo de cultura indígena, convém ressaltar a dos Yanomami, considerados um dos grupos indígenas mais primitivos da América do Sul.
Os Yanomami têm como território tradicional extensa área da floresta tropical no Brasil e na Venezuela. Possuem uma população em torno de 25.000 índios. No Brasil existem cerca de 10.000 Yanomami situados nos Estados do Amazonas e de Roraima. Falam a língua Yanomami e mantêm ainda vivos os seus usos, costumes e tradições.
Vivem em grandes casas comunais. A maloca consiste numa moradia redonda, com topo cônico, com uma praça aberta ao centro. Várias famílias vivem sob o teto circular comum, sem paredes dividindo os espaços ocupados. O número de moradores varia entre trinta e cem pessoas.
Desde a década de 70, com a construção da estrada Perimetral Norte cortando seu território, a operação de mineradores e, hoje, a presença de milhares de garimpeiros têm resultado na destruição da floresta e trazido muitas doenças para os Yanomami, cuja população está sob séria ameaça de desaparecimento.
A Tecnologia chegou aos índios
- Índios usam tecnologia para manter contato com aldeias distantes
Arco e flecha não são mais os únicos instrumentos presentes nas aldeias indígenas; as tribos agora têm computador, telefone celular e acesso à internet.
Tecnologia já chegou às aldeias indígenas brasileiras e, em especial, de Alagoas. Quem quiser conferir como o telefone celular, o computador, o acesso à internet e as novas mídias estão inseridas no cotidiano da comunidade indígena pode conferir a exposição Índios na Era Digital, que está aberta ao público até o final do mês, no Memorial à República, na Avenida da Paz. Os horários de visita são de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 14 às 18 horas. A entrada é gratuita.
A mostra Índios na Era Digital é fruto da vivência do artista multimídia Sandro Egues, que passou três meses nas aldeias Kariri-Xocó, em Porto Real do Colégio, em Alagoas; Pankararu, em Tacaratu, Pernambuco, e Potiguara, em Baia da Traição, na Paraíba. O trabalho rendeu a Sandro Egues, o prêmio da Funarte na categoria Interações Estéticas Residenciais Artísticas em Pontos de Cultura.
A exposição Índios na Era Digital foi viabilizada pela rede Índios-On-Line, com o apoio da Fundação Nacional de Artes (Funarte), vinculada ao Ministério da Cultura, e da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
A expressão e a realidade dos povos indígenas foram captadas pelas câmeras dos aparelhos celulares. Conforme Sandro Egues, graças à tecnologia, os índios estão aprendendo novas ferramentas para difundir e preservar sua cultura, além de aprender novos métodos para interagir com o meio. “Interagir é viver compartilhando o espírito de paz e amor com a natureza”.
Para o contador de história da Tribo Kariri-Xocó, Nhenety, a maior tribo alagoana, segundo ele com 2.500 índios, a aldeia vive dias de mais tecnologia desde que foi instalado o Ponto de Cultura na comunidade.
No local foram instalados quatro computadores para acesso à internet e pesquisas. Dezoito jovens trabalham no Ponto de Cultura e funcionam como agentes multiplicadores. O telefone celular está cada vez mais presente na comunidade indígena. Dos 2.500 índios, aproximadamente, 600 têm telefone celular.
Segundo Nhenety, os índios se conectam à internet em suas próprias aldeias, realizando uma aliança de estudo e trabalho em beneficio de suas comunidades e o do mundo.
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