( Jorge Amado )
Iyá Mi Osorongá ( Ìyá Mi Osorongà ) é a síntese do poder feminino, claramente manifesto na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quando os iorubás dizem "nossas mães queridas" para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade.
Donas de um axé tão poderoso quanto o de qualquer orixá, as Iyá Mi tiveram seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de março e maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.
Poder procriador, tornaram-se conhecidas como as senhoras dos pássaros e sua fama de grandes feiticeiras as associou à escuridão da noite; por isso também são chamadas de Eleyé e as corujas são seus maiores símbolos.
A sua relação mais evidente é com o poder genital feminino, que é o aspecto que mais aproxima a mulher da natureza, ou seja, dos acontecimentos que fogem à explicação e ao controle humano. Toda mulher é poderosa porque guarda um pouco da essência das Iyá Mi; a capacidade de gerar filhos, expressa nos órgãos genitais femininos, sempre assustou os homens e as cantigas entoadas durante o festival Gèlèdè fazem alusão a esse terrível poder -- que não pertence apenas às Iyá Mi, mas a qualquer mulher.
Mãe destruidora, hoje te glorifico:
O velho pássaro não se aqueceu no fogo.
O velho pássaro doente não se aqueceu ao sol.
Algo secreto foi escondido na casa da Mãe ...
Honras à minha Mãe!
Mãe cuja vagina atemoriza a todos.
Mãe cujos pêlos púbicos se enroscam em nós.
Mãe que arma uma cilada, arma uma cilada.
Mãe que tem potes de comida em casa:
As mães são compreendidas como a origem da humanidade e seu grande poder reside na decisão que tomar sobre a vida de seus filhos. É a mãe que decide se o filho deve ou não nascer e, quando ele nascer, ainda decide se ele deve viver. A mulher, especialmente nas sociedades antigas, tinha inúmeros recursos para interromper uma gravidez. E, até os primeiros anos de vida, uma criança depende totalmente de sua mãe; se faltarem seus cuidados a criança não vinga. Em síntese, todo ser humano deve a vida a uma mulher. Se todas as mulheres juntas decidisses não mais engravidar, a humanidade estaria fadada a desaparecer. Esse é o poder de Iyá Mi: mostrar que todas as mulheres juntas decidem sobre o destino dos homens.
Mãe todo-poderosa, mãe do pássaro danoite:
Grande mãe com quem não ousamos coabitar
Grande mãe cujo corpo não ousamos olhar
Mãe de belezas secretas
Mãe que esvazia a taça
Que fala grosso como homem,
Grande, muito grande, no topo da árvore iroko,
Mãe que sobe alto e olha para a terra
Mãe que mata o marido mas dele tem pena.
Iyá Mi é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Tudo que é redondo remete ao ventre e, por conseqüência, as Iyá Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás por Oxum, Iemanjá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá Mi é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu.
As denominações de Iyá Mi expressam suas características terríveis e mais perigosas e por essa razão seus nomes nunca devem ser pronunciados; mas quando se disser um de seus nomes, todos devem fazer reverencias especiais para aplacar a ira das Grandes Mães e, principalmente, para afugentar a morte.
As feiticeiras mais temidas entre os iorubás e nos candomblés do Brasil são as Àjé e, para referir-se à elas sem correr nenhum risco, diga apenas Eleyé, Dona do Pássaro. O aspecto mais aterrador das Iyá Mi e o seu principal nome , com o qual tornou-se conhecida nos terreiros, é Oxorongá, uma bruxa terrível que se transforma no pássaro de mesmo nome e rompe a escuridão da noite com seu grito assustador.
As Yiá Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas em seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte.
O lado bom de Iyá Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apaoká, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Oxóssi Dizem que o deus caçador encontrou mel aos pés da jaqueira e em torno dessa árvore formou-se a cidade de Kêtu.
Os assentamentos de Iyá Mi ficam junto a grandes árvores como a jaqueira e geralmente são enterrados, mostrando a sua relação com os ancestrais, sendo também uma nítida representação do ventre. As Iyá Mi, juntamente com Exú e os ancestrais, são evocadas nos ritos de Ipadé, um complexo ritual que , entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem a vida, integrarão o corpo das Iyá Mi, que são, na verdade, as mulheres ancestrais.
ÌYÀMÌ-ÒDU quando veio para ser o mundo recebeu diretamente de DEUS o poder sobre todos os ÒRÌSÀS e todos os seres humanos. Poder este, simbolizado por (Éyé) Pássaro residente no interior de uma grande cabaça, a qual é a imagem do mundo contendo o poder existencial e sobrenatural, expressado pelo pássaro em seu conteúdo.
Por isso na cultura Yoruba, ÌYÀMÌ é chamada de ELEYE ( Poderosa Mãe Proprietária do magnifico poder do Pássaro). Poder que metaforicamente abusou... dando motivos para que Olodunmare (Deus) retirasse a parte superior da cabaça, compartilhando com Òòrìsàn’là (o Céu) seu companheiro, ou parte masculina, o qual é a própria e completa extensão celestial. Apartir de então, cobrindo completamente ÌYÀMÌ (a Terra). Assim os dois vieram ao mundo (criados juntos). Quando Olodunmare literalmente visualizou, decretou e criou a força masculina (Òòrìsàn’là) lhe outorgando a partir daquele momento exercer o Poder, do qual, no entanto, Ela (ÌYÀMÌ) o conservará.
Podemos então perceber na comparação entre os mitos, uma perda de valores culturais e religiosos. Pois quem entender ou afirmar, encarando ÌYÀMÌ simplesmente como agente maléfico, Egungun ou como uma Bruxa, isto é simplesmente incorrer numa total falta de informação segura. Como também, é literalmente negar todas as profundidades simbólicas e poéticas existente no culto Yorubà.
O poder de ÌYÀMÌ é atribuído às mulheres possivelmente para que os homens administrem esse poder, sendo que muitos aqui no Brasil desconhecem tal fato, enquanto outros deturpam a não aceitação por uma completa e real falta de sabedoria.
Este poder feminino é uma função somente conferida às mulheres bem idosas, verdadeiras fêmeas-viviperas ( Parideiras), amamentadoras e protetoras de tudo que faz ou gera. Mas pensa-se, que em certos casos este poder pode pertencer também a moças bem jovens. Isto vai, de gerar filhos até a utilização dos poderes sobrenaturais. Poder este, recebido geralmente como herança de suas entes queridas, seja para dar a luz, amparar, ensinar, etc.
Muito raramente, mais acontece, é certas mulheres de qualquer idade adquirindo voluntariamente o poder sobrenatural, até mesmo sem que o saiba...
Desde as èpocas mais remotas manifestações do culto à ÌYÀMÌ foi apreciado por mulheres. Nas religiões: Yoruba, egípcia e grega quando a alma “essência” era, e ainda é, representada através do pássaro, o qual sempre acompanhou as mulheres numa referencia do poder sobrenatural associadas principalmente as grandes Deusas de vária culturas; Oxun na cultura Yoruba - Isis na cultura Egípcia - Dianna dos Efesos, etc. Elas são paradigmas de fontes de vida elementares e incontrolaveis como a Liberdade. Possuidoras de força e sabedoria própria, o que estimulavam as mulheres a não se submeterem a nenhuma organização ou lei nacionalista.
Em torno da parte feminina, Deus levanta o entusiasmo da humanidade, convidando diferentemente todos os Povos. a uma experiência diretamente com o sagrado.
A evolução do Poderio Feminino.
No século XIV entretanto, marca o fim desse reflorescimento do feminino, com as primeiras fogueiras acesas pela Inquisição, que arderam 500 anos. Esta grande fogueira queima e difama os Templários e encabeça a caça às mulheres dotadas de poderes sobrenaturais “Bruxas", numa tentativa de eliminar o princípio feminino de prazer, liberdade e bonança propiciado pela Mãe-Terra. Na verdade, as fogueiras das bruxas só se extinguiram na Era da Razão. Apesar de aparentemente não corresponderem ao ideal da Era da Razão, quando as mulheres surgiam como um símbolo de uma Força sobrenatural, muitas das vezes mais antiga e poderosa, do que a de um Rei ou Papa.
Quando as qualidades sublimes e sutis do feminino foram renegadas e um período de obscurantismo e clandestinidade se abateu sobre o culto a ÌYÀMÌ (a grande Mãe Terra), ou seja, Mãe das mães doadoras de vida, prazer e felicidade.
No inicio da Era Cristã o culto das divindades femininas de todos os Olimpo declinou. O culto à ÌYÀMÌ (Mãe-Terra) sofreu este mesmo declínio e passou a ser clandestino. Chegando até nós somente os ecos de alguns vultos como poucos fundamentos. Já os mistérios de Eleusis na cultura Grega e romana, as quais cultuavam ÌYÀMÌ com o nome de Deméter e Perséfone. Artemisia em Éfeso, continuaram por um bom tempo um culto inabalável. Nem mesmo o Apóstolo Paulo conseguiu impedir seu Culto. Ela era Diana, a Hécate do mundo romano, a Deusa do ramo dourado consequentemente proprietária da madeira, sendo este um traço característico da Mãe Universal e sobrenatural, a qual foi muitas vezes encontrada em árvores, elemento associado a Eegun (ancestralidade masculina).
Iyami A Grande Mãe
A virtude de poder trazer filhos ao mundo que têm as mulheres, um fato quase mágico, maravilhoso que as acerca ao divino, é e foi também motivo de temor em muitos povos antigos, algo que era inexplicável, pelo qual as mulheres sempre foram vistas como possuidoras de certo poder especial. Fala-se da famosa "intuição feminina", mas mais do que nada, em todas as culturas há uma tendência a transformá-la em "bruxa", no sentido de crer que tem poderes inatos para comunicar-se com forças além do alcance do entendimento do homem. O mito da "bruxa" que voa na vassoura acompanhada por pássaros macabros é quase mundial, com pequenas diferenças segundo o lugar do mundo do qual falemos.
Também se relaciona a fecundidade com o misterioso sangue menstrual, que é a marca que pauta a conversão da menina numa mulher, daí em mais será considerada também uma Iyami, aquela que em qualquer momento deixará de ter a regra, inchando-se o ventre, revelando que tinha em seu interior a "cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Orun para o Aye. Mais para confirmar dita transformação em "mulher" levam-se a cabo os "ritos de passagem" nos que as meninas-mulheres estarão isoladas durante vários dias, alimentadas e vestidas de um modo especial, onde conhecerão todos os segredos relacionados com as mulheres, os que serão devidamente dados pelas anciãs de sua comunidade.
Os ritos assegurarão entre outras coisas que seja possuidora de uma "cabaça” fértil e o alinhamento de seu lado espiritual feminino com seu corpo, convertendo-a numa mulher em todo sentido. Há ao final uma apresentação em público das garotas que deixaram atrás a etapa da meninice, para que os homens lhes tenham em conta no momento de querer escolher uma esposa. A palavra Iyami por si só, em realidade não identifica à mulher com o lado escuro de seu poder, muito pelo contrário é um modo de exaltar e homenagear sua capacidade de engendrar apelando a seu lado protetor maternal, pois significa: "Minha mãe". Esta forma de referir-se a qualquer mulher expressa um sentido de reverência àquela que serve de ponte entre os antepassados e os vivos, bem como também reflete seu importante papel maternal. Desse modo todas as divindades femininas são chamadas também Iyami, mais não no sentido de "bruxas" senão por tratar-se de uma homenagem verbal às grandes MÃES ESPIRITUAIS.
Embora a mulher seja fértil (ao menos em teoria por ter a regra), não se lhe considera apta para encarregar-se de certos aspectos importantes dentro das religiões africanistas. por muitos motivos, os principais não podem revelar-se aqui por tratar-se de um conhecimento que só devem possuir sacerdotes que adquiriram certo status na comunidade. Mais algumas razões práticas têm a que ver com o atendimento constante que requer o culto e uma mulher não pode dedicar-se por inteiro ao mesmo já que segue tendo a regra, pois devem abster-se do contato com as divindades durante esse período e no caso de ficar grávida, durante os últimos meses, o parto e a posterior quarentena (sem contar que depois por vários meses todo seu atendimento deve ser para o bebê).
Quando se fala de Iyami Osoronga muda bastante o conceito antes exposto, pois se refere ao mito sobre o poder feminino associado às AVES a partir de certas espécies que atracaram a mente do homem por sua rareza ou comportamentos macabros. Ainda que também não isolado das mulheres ou dos Orisas o mito Iyami se relaciona com estas por seus estômagos, mais precisamente com seu útero, ao qual sempre nos referimos como Igba Iwa (a cabaça da existência). Trata-se da comparação metafórica entre um ovo fecundado e a barriga da mulher grávida, onde se costuma dizer que a mulher tem o “poder do pássaro encerrado na cabaça”. No útero da mulher não se vê a simples vista ao bebê, mas sim se sentem seus movimentos, enquanto no ovo (de uma galinha, por exemplo) não se aprecia o movimento, mas se pode ver a depois de luz ao filhote, em ambos os casos se pode apalpar a fecundidade e o surpreendente poder "mágico" que isto implica.
O mito Iyami Aye então, não é o culto às mulheres bruxas nem às aves macabras, senão que é a associação mágica e metafórica entre o poder feminino da fecundação e o poder místico de algumas aves noturnas (principalmente) que somado a certos temores e sentimentos negativos dos seres humanos cria no espaço etéreo os Espíritos Coletivos das Eleye (donos das aves) ou Iyami Aje (Minha mãe feiticeira) ou mesmo Iyami Osoronga, todas estas denominações que aludem ao mesmo.
Estes espíritos são impessoais, nunca tiveram corpo humano nem o terão, fazem parte do homem e a natureza ao mesmo tempo, espécie de "parasitas" que aparece junto com o homem no mundo por causa de sua existência, não têm consciência, são alimentados pela idéias malignas e os temores, por isso se tornam consideravelmente perigosos no plano astral. Podem ter sexo masculino ou feminino e sempre vem em casal, representando o equilíbrio, a dualidade existente em todos os planos, inclusive no de nossos próprios temores mais escuros.
A crença popular yoruba se crê que têm forma humanóide com plumas, mais nunca se representam em imagens ou gravuras, só se intui seu poder através dos pássaros, os que majoritariamente são usados como símbolos nas bengalas metálicas (osun) dos Babalawos ou nas coroas dos Obas, representando que o possuidor tem a autoridade para acalmar-lhes e que para ganhar tal titulo primeiro teve que render homenagem ao Poder Feminino. As Iyami Aje atuam sob a supervisão de Oso e têm estreita relação com outros Orisá como Ogun que é o dono dos sacrifícios e quem provê o sagrado líquido pertencente à Eléye .
Quando há uma influência negativa por parte dos Eleye masculinos se diz que são os Oso quem estão trabalhando na contramão da pessoa, ainda que nunca haja um culpado externo responsável destes ataques, pois em verdade sempre é a própria pessoa que muitas vezes ganha "o castigo" através de seu comportamento. As Eleye são executoras da lei num sentido inverso, isto é, procurar o bem a partir do mau. Toda pessoa que tenha certa inclinação às características negativas para os demais está alimentando estas forças e ao mesmo tempo antevendo o mau perigosamente, o que em longo prazo faz com que a própria energia negativa da pessoa se converta em seu próprio juiz, Iyami Osoronga posará suas patas em cima de sua cabeça.
Não há nenhum ebó capaz de vencer o trabalho destes Espíritos, o único que se pode no máximo é apaziguar-lhes e isso é porque "vivem" em nossas entranhas, em estado latente. Sua função se torna importante, pois apesar de ser "inimigas" das pessoas tendem a regular o comportamento do Ser Humano através de seus medos. Quem deseja que Iyami Osoronga não se torne um obstáculo em sua vida deve frear os sentimentos de inveja, ciúmes, rancor, bem como qualquer pensamento negativo para seus semelhantes. Crê-se que as Iyami se reúnem em assembléia numa mesa presidida por Oso, onde se conspiraria e especularia sobre as maldades a realizar enviando os Ajogun após o questionamento se foi feito ou não os *ebó marcados por Babalawos através de Ifa. Deste modo servem de reguladores do comportamento frente às dívidas geradas ante as divindades, por causa de ter rompido o equilíbrio existente de alguma maneira seja numa vida anterior ou na presente.
A Iyami Ayé pertence toda sangue derramado na terra e também são quem controlam o sangue menstrual a que quando aparece revela a presença próxima destas criaturas, o que explicaria as dores típicas e o comportamento histérico que costuma ter as mulheres nessa etapa. Isto também é outra razão pela qual nos sacrifícios para Orisá o sangue não deve tocar a terra - existindo um método ritual que evita isso - e por que a mulheres com sua regra devem manter-se afastadas do culto. Ao suceder qualquer das duas coisas ou ambas, seria um tabu e a cerimônia estaria quebrada, devendo conferir ao oráculo por alguma solução.
Costuma-se oferecer-lhes preferencialmente as vísceras, pois se considera que é sua comida favorita, as que se preparam sempre depois de qualquer sacrifício para os Orisá de um modo especial e são apresentadas em pratos de barro forrados come ewe Lara. Os etutus para iyami são conhecidos como Iyala e significa "que o mal desapareça". Se lhes oferece também, durante qualquer sacrifício, um eko que serve para proteção, pois as acalma quando é despejado na terra, este representa o poder feminino, pois entre outros ingredientes leva: plumas - simbolizam muitos filhos e proteção; sangue - representa a menstruação e a vida.
Presume-se que a palavra Aje utilizada como "bruxa" prove da contração de Iya je (a mãe que come) aludindo a seu voraz apetite, sempre atraída pelo cheiro a sangue e vísceras ela pode vir sob a forma de mosca, pássaro, gracioso ou inclusive outros animais.
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